quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Tabaco

O tabaco é um grande companheiro que tenho. Sei que é meio feio afirmar isso hoje em dia... o trem está acabando com minha preciosa saúde... com meus sorriso... com meu hálito... e, muito pior que isso tudo, faz as roupas e cabelos de outros feder.

Já fiquei sem fumar por um tempo e vi que é possível viver sem tabaco. Voltei e vi que minha vida é melhor com ele. Pretendo parar de novo... mas preciso de tempo...

Fumo “Trevo”, porque é barato e acho gostoso. Quando voltei a fumar sabia que me acostumaria com qualquer tipo ou marca de cigarro (desde que forte), pois, sacumé, o trem vicia naquela combinação específica de ingredientes. Por isso é insatisfatório fumar cigarros de marcas nas quais você não está viciado (mata um pouco a vontade, mas não é aquela maravilha). Mas existem cigarros e cigarros. Na verdade, existem tabacos e tabacos. Diferentes variedades de tabaco são plantadas em diferentes lugares, e misturas entre eles podem criar sabores maravilhosos (que acho mais gostoso que aquele tabaco no qual estou viciado, inclusive...)... É quase como vinho. Não entendo tanto de tabaco pelo mesmo motivo que não entendo tanto de vinho: é caro entender essas coisas... Entender, no meu caso, significa ter a oportunidade de experimentar e gostar ou não. Não significa reconhecer os sabores que passam por minha boca, ou diferenciar com certeza uma variedade de outra. Vinho? Gosto de Tannat... Quanto a tabaco sempre gostei dos halfzware (meio forte), normalmente feitos de Bright Virginia e Dark Kentucky...

Mas vinho é bom e cigarro é ruim...

As leis anti-tabagismo não me surpreenderam (tanto). Questão de tempo... e o tempo passou. Duas coisas me irritaram nessa história, porém. A impossibilidade de se abrir bares para fumantes e simpatizantes e, principalmente, o argumento de que o cigarro custa muito para o sistema de saúde. Só acredito nessa conta aí vendo... Pega os custos em saúde e tira daí a arrecadação em impostos e a economia da previdência (fumante morre mais cedo). É meio feio pensar assim né? Pessoa morrer cedo = economia para o Estado. Pois é... argumentar que fumante gasta muito dinheiro do sistema de saúde é a mesma coisa...

Bom, na verdade só estou falando de tabaco por causa de um programa de rádio que ouvi. Programa do infame ícone da direita americana Rush Limbaugh. Limbaugh sempre foi defensor da indústria do tabaco (chegou a dizer em seu programa que existam evidências reais de que o cigarro vicia ou que se possa ligar o consumo de cigarro com câncer no pulmão). Mas Rush mudou um pouco seu discurso com o tempo:




Resumindo bem: ao comentar críticas em relação ao “thanksgiving day” o caipora propõe que se faça a seguinte conta: quantos nativos americanos morreram devido à chegada dos europeus? E quantos brancos morreram devido ao hábito de fumar tabaco? Pois é... se alguém precisa de alguma reparação pela violência sofrida são os pobres colonizadores europeus e seus descendentes que foram expostos a essa maligna vingança indígena: o tabaco. Eu ri quando ouvi... nervosamente... porque apesar de absurdo, tenho certeza que milhões e milhões de pessoas compram os argumentos desse cara aí... Foi desconfortável... uma piada que não é piada...

Se você está com estômago para ver um pouco mais do Limbaugh, acesse:

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